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Por que somos tão poucos?, por Samir Keedi
No início de 1997, um então recém-amigo nos convidou para escrever um artigo numa importante revista de comércio exterior, na qual era editor. O assunto estava em aberto, com apenas uma exigência: ser algo polêmico. Ficamos surpresos diante do convite, até porque nunca havíamos escrito qualquer artigo e nem sabíamos se poderíamos fazê-lo. Após relutar por alguns dias, escrevemos o artigo, que se chamava “THC – Terminal Handling Charge”, a partir de uma experiência desagradável que tivemos na sua implantação no Brasil, quase ao final de 1996. Parece que o artigo agradou, tanto mais porque praticamente ninguém costumava escrever sobre comércio exterior, o que por sinal acontece até hoje. E…
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Armadores, embarcadores e navios, por Samir Keedi
Desde que iniciamos nossa luta e labuta no comércio exterior, há mais de quatro décadas, temos ouvido as mesmas reclamações dos embarcadores contra os fretes. Em especial o marítimo, em que se reclama dos armadores. Que são sempre altos. Em realidade, eles caíram muito ao longo dos últimos 30-40 anos em face do crescimento astronômico dos navios e suas economias de escala. Cujos navios já chegaram neste mês de julho a 18.000 TEU – Twenty feet of equivalent unit (container de 20 pés, ou 6,09 metros). Os fretes da década de 70-80 eram altíssimos, hoje são bem mais baixos. Mas, todos sabem que apenas reclamações de nada adiantam. O que…
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Acordos Comerciais: o Retorno, por Samir Keedi
Temos, ao longo do tempo, escrito bastante sobre acordos comercias com outros países. E que o Brasil é avesso a eles. Prova disso é o fato de termos tão poucos acordos comerciais. Apenas no âmbito da Aladi, e dois fora dela. Estes com Israel e Índia. Assim mesmo, nem todos tem abrangência total. O três acordos com o México e os dois fora da Aladi não abrangem a totalidade das mercadorias. Como se pode fazer comércio exterior assim? Nossos vizinhos, Chile e México, têm cada um cerca de 50 acordos comercias com os mais variados países e continentes. Até com os EUA e União Européia. Além de não…
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Maldição do Protecionismo, por Samir Keedi
E lá vamos nós de novo! Sempre querendo fazer tudo errado. Estamos ávidos por saber quando aterrissaremos no planeta Terra. E sermos mais normais. Uma vez mais, ao invés da melhoria da nossa competitividade, estamos adotando o protecionismo contra a competitividade estrangeira. Vamos matar a vaca para eliminarmos o carrapato. Solução digna do grande acampamento tupiniquim. Enquanto as coisas vão bem, com superávits enormes na balança comercial, a vida continua e ninguém se importa. Quando as coisas começam a complicar um pouquinho, o que faz parte das regras do jogo, já queremos usar o remédio errado contra as nossas doenças. Como dizia um quase filósofo amigo “tudo está bem,…