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Inovadores e Investidores Ousados

Se você decidir prestar mais atenção sobre aspectos comuns a respeito do nosso meio ambiente, poderá identificar que não vivemos apenas sob ameaças ou pesadelos. São muitos os tópicos abordados pelos mais eminentes estudiosos, que poderiam aguçar nossa atenção. As mudanças climáticas, a extinção de espécies das nossas fauna e flora, a degradação do ar que respiramos em muitas e vastas áreas do mundo, seriam algumas delas!

Mesmo neste ano de 2015, tivemos um exemplo! Os reais resultados de uma possível insuficiência no fornecimento de água. Ora, sempre nos contaram que o nosso país seria “o maior detentor de reservas do precioso líquido dentre todas as demais nações do mundo”. Vem a pergunta: isso é real?

Afinal, a história do mundo está carregada de exemplos mostrando que ninguém gosta de estar entre aqueles que possam se sentir sem poderes e com medo de não poder enfrentar problemas. Mas, olhando mais de perto a realidade presente, a maioria das pessoas no mundo pouco pensa que, de algum modo, as últimas gerações – digamos nos meros 100 anos atrás -, gerenciaram o planeta para adotar, como objetivo, a implantação da chamada revolução industrial. Como meta, sempre a mesma, a de produzir mais e mais, sem se importar se o Planeta poderia ou conseguiria suprir indefinidamente toda a matéria prima necessária para os mais variados produtos que utilizamos todo o tempo!

No cerne do problema temos de aceitar que tudo o que produzimos e utilizamos depende de mais ou menos alguma degradação das reservas de terra, ar ou água, ou sejam, elementos dos quais dependemos para sobreviver. E que, em termos globais, extrapolando as previsões de crescimento, é possível antecipar que nos próximos 40 anos, mais alimentos deverão ser produzidos do que foram consumidos pela humanidade nos seus primeiros 10 mil anos!

Estas comparações obrigam-nos a voltar ao passado e pensar se a nossa Terra poderá atender a essas necessidades plurais e vitais! Encontrar respostas é mais do que necessário, pois não podemos prosseguir consumindo recursos realmente exauríveis. Certamente existem entidades que já trabalham sobre tais questões mas, como se sabe, todas esbarraram nos arraigados conceitos sobre as necessidades da produção. Seria possível perguntar se poderíamos trabalhar com outros propósitos? Que os investimentos deveriam ser montados em negócios mais orientados para a vida, sem que sejam molestadas as regras básicas estabelecidas há bilhões de anos?

Não é possível acreditar que o que se tenha conseguido, em termos de desenvolvimento das comunicações instantâneas e globais, não torne possível se atingir um máximo de “fazedores de decisão” em todo o mundo, liderando a humanidade para novos caminhos, criando iniciativas e colocando que precisamos de nos empenhar numa revolução global, que antecipando um futuro desastroso, possamos lançar soluções corretivas!

Tomando o exemplo da produção dos alimentos, vemos um sistema absolutamente complexo, requerendo soluções da demanda e as do fornecimento. É um problema enorme levar tudo isso para bilhões de pessoas, habitando países e regiões diferentes, com aspectos particulares difíceis, se não impossíveis de se padronizar!

Mas, é preciso se tentar, pois se o nada for feito, o risco de se desgastar completamente o Planeta já está mapeado para acontecer até 2050, ou seja, dentro de menos de 40 anos, a partir de agora. Realmente, aqueles que deveriam se sentir responsáveis, participando das mudanças necessárias, já estão vivos! Assim, com a palavra os inovadores e os investidores ousados.

 

Artigo publicado no Jornal A Tribuna de 17 de maio de 2015.