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A Comunicação Intrapessoal, por Alkíndar de Oliveira

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O ser humano é dono do seu próprio destino. A ele – e somente a ele – é dado o poder de acreditar em seu potencial e crescer. Se, com freqüência, existem seres que vivem cabisbaixos olhando a lama, também existem outros que seguem altaneiros olhando o firmamento, onde brilham as estrelas. Tanto um quanto outro têm problemas. Se ambos tem problemas por que então uns vivem infelizes e outros confiantes? Sobretudo na mentalização de cada um deles está o diferencial entre um indivíduo que deixa sua vida acontecer, e outro que faz sua vida acontecer.

 

 

O primeiro, influenciado pela sua mentalização negativa, tem baixa auto-estima; o segundo, através de sua mentalização positiva, tem boa auto-estima. Uma importante observação: É preciso que tomemos muito cuidado em não transformar determinadas informações, como as anteriores, em regras gerais. É essencial que saibamos que às vezes existem pessoas que andam cabisbaixas, não porque não queiram olhar as estrelas, mas sim porque não conseguem olhá-las. São aqueles estados emocionais que empanam – temporariamente – nosso campo de visão. Consoante com este raciocínio é mais importante o indivíduo andar cabisbaixo por estar vivendo um período dolorido de auto-enfrentamento (e futuro crescimento), do que o indivíduo estar sempre sorrindo num processo de auto-ilusão.

 

 

 

A comunicação intrapessoal eficaz é aquela que, dentre outros atributos, tem como alicerce principal o autoconhecimento,que é um dos maiores desafios do ser humano, pois, geralmente não nos conhecemos. Por exemplo, se somos avarentos, dissemos que somos “econômicos”; se somos prepotentes, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor! Para nos conhecermos, o Budismo nos ensina que precisamos passar a ter rotineiramente dois procedimentos: Atenção Plena, que é a arte de observarmo-nos incansavelmente, procurando dirigir os olhos para nós mesmos, procedimento este que exige esforço e grande força de vontade. O segundo procedimento é a Interiorização, que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos, inclusive os inferiores. Esta atitude de negar nossos sentimentos inferiores chama-se auto-ilusão, um proceder altamente destrutivo. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores, abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e nos dá condição de iniciarmos o processo de mudança. Sintetizando, a Atenção Plena e a Interiorização, levam-nos a adquirir a maior riqueza que podemos ter: o autoconhecimento, que é a base do desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.