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A Busca Incessante dos Talentos, por Ozires Silva

O que vem a ser a globalização? Sem dúvida, é um fenômeno derivado diretamente das comunicações universais e instantâneas, permitindo que pessoas em qualquer lugar do mundo possam obter, fácil e diretamente, qualquer informação, usando os mecanismos criativamente oferecidos pela Tecnologia da Informação e pela disseminação dos meios de comunicação.

O amplo e aberto compartilhamento de informações e de produtos, embora possam ser consideradas lógicas e normais pelo cidadão comum, somente foi possível graças a um enorme esforço de padronização que ganhou corpo, criando e sendo aceitos globalmente métodos e processos na transmissão e na interconexão da enorme massa de dados e de produtos que circulam pelo mundo. Esses resultados fantásticos, não contabilizados pelo usuário global, representam saltos de extremo valor para fortalecer e acelerar o processo universal de desenvolvimento e progresso de países, hoje completamente diferentes do que eram no passado até recente!

É fácil observar que, há poucos anos tudo era mais simples. Por exemplo, um telefone era somente usado para se comunicar. Hoje, a comunicação é apenas um entre vários atributos de um celular. Um televisor, branco e preto, nada tem mais a ver com seu equivalente moderno. A constatação é que um produto moderno coloca-se agora bem mais distante das matérias primas que os originaram. Ou seja: são muito mais complexos e sofisticados do que se poderia fabricar há uns poucos anos.

Vale a pergunta: Como são conseguidos tais produtos que ganham o mundo e justificam o sucesso de empresas, organizações, regiões e países? Ora, concordam os analistas, são resultados de concepções criativas, fabricadas e vendidas por pessoas de talento, inovadoras e… corajosas. E, pergunta-se: tais talentos, como surgem e de onde vêm? Quem são e porque os talentosos se diferenciam das demais pessoas? As respostas óbvias vêm dos sistemas educacionais e de treinamento que lhes são oferecidos pelas melhores instituições mundiais.

Os talentosos parecem cultivar valores e motivações diferentes das demais pessoas. São diferentes dos demais e certamente precisam de gerentes que os entendam, que possam deles extrair o melhor que possam oferecer. Cada empreendimento precisa contar com a competência do seu time de colaboradores. Eles, se de um lado contribuem para produzir riquezas, precisam em contrapartida de reconhecimento e de estímulos.

É impressionante se constatar que a cultura, muito aceita pela maioria das pessoas, é que todos sejam iguais, resultando numa tendência de nivelamento estabelecendo regras generalizadas, esquecendo-se o recado constante da Mãe Natureza. Embora sejamos hoje da ordem de sete bilhões no mundo moderno, entre os seres humanos habitando no Planeta não se encontram dois iguais.

Sabe-se que tratamentos iguais podem não prevalecer, mas não se deveria deixar de tentar a identificação daqueles que podem mudar o mundo em que vivemos e a eles dedicar uma atenção particular, oferecendo-lhes ambientes operativos que não inibam sua capacidade de inovar e de criar.

Basta olhar ao nosso redor e nos lembrarmos de quem criou ou produziu aquilo que estamos usando neste preciso momento e perguntar como tudo surgiu. Quem produziu tantas realizações, invenções e soluções contribuintes para que nossas vidas sejam mais fáceis e práticas? Precisamos refletir e agir, deixando espaço para que as cabeças inteligentes façam o seu trabalho, lembrando-nos que serão delas a determinação das tendências e dos novos horizontes no futuro.