Ao céu e avante!
Entre os vários e-mails que recebo provenientes deste blog, um deles chamou atenção especial pela mensagem de motivação fincada em suas linhas. Foi algo que me entusiasmou. E acredito que sem entusiasmo nada avança. Por este motivo, e com anuência do criador do texto, Fábio Fernandes, compartilho com os demais leitores tais palavras de incentivo, que também estão replicadas no blog Homem Feito, criado pelo próprio Fábio.
Obrigado Fábio pela participação e, sobretudo, pelo espírito de vontade, esperança e otimismo.
AO CÉU E AVANTE, por Fábio Fernandes
De uns tempos pra cá, o tema motivação tem tirado o sono tanto dos RH´s, quanto dos próprios colaboradores. Enquanto as empresas se perguntam se tem incentivado eficazmente os funcionários, esses, também tem se questionado: “Estou realmente motivado?”.
A questão toda se embaralha, pois muitos ainda confundem os termos motivação e incentivo, aliás, itens diametralmente diferentes. Durante nosso módulo de *Gestão de pessoas (confira detalhes no rodapé), nos foi feita a seguinte pergunta: “É possível motivar alguém?”.
Alguns disseram que sim, mas a grande maioria disse que não; não é possível motivar ninguém. A conclusão em grupo veio logo: motivação (entendido como o motivo para agir, para uma ação especifica) é a “turbina interna” de cada individuo, algo pessoal e intransferível. Já o incentivo, é externo, e pode (ou não) ser recepcionado pelo colaborador.
Tomo o mundo das aeronaves para melhor exemplificar essa questão. Cada aeronave tem suas próprias turbinas (previstas no projeto original) seja turbo-hélice ou a jato. Portanto, é impensável que possa receber motores “extras” sem que a segurança de voo esteja comprometida. Da mesma forma, é impossível introduzir uma “motivação extra” em um colaborador que já tem uma motivação solidificada dentro de si.
É fato que todos trabalham pela remuneração, mas alguns olham além, querem crescimento profissional, desafios, mais treinamento e tem o famoso “brilho nos olhos”, que as empresas tanto procuram. Isso é motivação. É o desejo interno e profundo de se superar, de fazer o melhor. Além de motivados, esses colaboradores tem visão sistêmica do negócio, sabem onde estão e qual o impacto de suas ações sobre o conjunto.
Nesse cenário, o papel do genuíno líder é incentivar esses “motores mentais” com verdadeira “gasolina azul” para que possam voar, performar (termo trazido Prof. Décio Portella) cada vez mais alto. O combustível da alta performance tem vários componentes: direção clara e eficiente da gerência, maior espaço para decisões próprias (autonomia), feedback pontual e ,claro, oportunidade de crescimento.
E você, é um profissional realmente motivado? Pronto para decolar?
Até a próxima.
*Texto de Fábio Fernandes, estudante de MBA em Gestão Empresarial da FGV, baseado no módulo – Aspectos Comportamentais da gestão de pessoas – ministrado pelo Prof. Décio Portella.