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Um Mundo de Oportunidades, por Ozires Silva

Crédito: Divulgação

Que o mundo mudou, todos sabemos, ou pensamos saber! Ainda há pouco era mantido o grande domínio mercadológico conquistado pelos Estados Unidos, Europa e Japão, produzindo uma impressionante variedade de produtos de serviços. Conseguiram gerar riquezas (por meio, sobretudo, da inovação), conquistaram vantagens competitivas, criativas e qualitativas, oferecendo ao mercado global produtos e serviços, superiores ao que se produzia no passado.

 

 

O progresso das comunicações universais e instantâneas tornou o consumidor mundialmente informado, mais sofisticado em termos tecnológicos, lidando com equipamentos pessoais impensáveis há poucos anos. Hoje, a fidelidade às marcas tradicionais ainda existe, mas um novo fornecedor, com produtos criativos, bem realizados e competitivos em preço e desempenho, galgam espaços que, há pouco, pertenciam a outrem.

 

 

Se os países tradicionalmente desenvolvidos provocaram revoluções, hoje enfrentam, nos seus respectivos mercados internos, concorrências trazidas pela Ásia (inicialmente com os chamados ‘Tigres Asiáticos’ e, hoje, com China e Coréia do Sul). As empresas indianas, em estreita parceria com as americanas e, gozando das vantagens pela diferença dos fusos horários entre os dois países, criaram atividades produtivas de 24 horas por dia. Enquanto é dia, a atividade é americana, quando anoitece, tudo passa para os indianos.

 

 

 

 

 

Novas formas de trabalhar e de conexões empresariais conseguiram chegar mais perto das necessidades dos consumidores mundiais. Passaram a funcionar eficazes mecanismos de relacionamento comercial que, lubrificados por rápidos e hábeis fluxos de capitais, sob acordos de marca e de comércio, usando a mobilidade das forças de trabalho, puderam fugir do rigor das fronteiras políticas e soberanas dos países, estabelecidas logo após a II Guerra Mundial.

 

 

Os resultados de tais modificações já se mostram. As maiores e tradicionais economias do passado vêm sofrendo em suas atividades internas uma agressiva competição, em face das novas nações que aceleradamente abandonaram o rejeitado grupo dos “subdesenvolvidos, em desenvolvimento ou emergentes”.

 

Há países que, por suas características de tamanho, de população, de mercado, etc, podem postular posições de liderança no novo cenário mundial da riqueza atingível. O Brasil certamente é um deles, cujo território continental, rico em matérias primas e gozando de um clima, entre os mais amenos. Todavia, limitado por políticas internas ultrapassadas e claramente ineficazes acabou colocado a reboque neste novo mundo que já nasceu e cresce aceleradamente.

 

 

Neste momento vem as perguntas, infelizmente ainda sem respostas! Por que não fazemos o mesmo? O que nos impede? O que estamos esperando? As fórmulas são conhecidas! Análises e diagnósticos estão sendo publicados e divulgados.
Será que não seremos capazes de romper com um passado que, claramente, não funcionou? Será que nossos políticos, intelectuais e planejadores não podem conceber novas regras e bases que levem cada brasileiro ao enriquecimento, tirando-nos da vocação de país pobre que vimos cultivando há tempos?

 

 

Sim! Tudo isto é possível. Muitos empreendedores compatriotas já conseguiram sucesso, infelizmente poucos. Já demonstraram que ter sucesso não é impossível. Portanto, não há impedimentos para ampliar e generalizar os resultados conseguidos! Basta querer e não temos dúvida que o bom e generoso povo brasileiro, quando chamado, estará presente, dando seu apoio!

 

Artigo divulgado em 21 de Julho no jornal A Tribuna.